Por que aconteceu a reforma?
A reforma é um movimento religioso que
procurou redescobrir a pureza original do cristianismo primitivo como descrito
no Novo Testamento e estava intimamente ligada à Renascença e outros movimentos.
Além disso, fatores econômicos, políticos, sociais, intelectuais ajudaram a
promover a reforma. Esse movimento ocorreu no período de 1517 a 1545.
O interesse dos reformadores estava em
desenvolver uma teologia que estivesse em concordância com o Novo Testamento,
tornando a Bíblia uma autoridade final da Igreja. Para isso foi preciso às
personalidades de alguns lideres criativos da Reforma, como Lutero, Calvino,
Wycliffe, Hus e outros.
Primeiramente os reformadores procuraram
reformar a Igreja Católica Romana Medieval a partir de dentro, porém foram
forçados a deixar a velha organização, por causa de suas ideias renovadoras.
O termo “reforma” é entendido de diversas
perspectivas. Alguns historiadores católicos romanos a vêem como uma revolta de
protestantes contra a igreja universal. Como também a vontade de Martino Lutero de
se casar.
Em contra partida, historiadores protestantes a entendem como uma reforma que fez a vida religiosa voltar aos padrões genuínos do Novo Testamento. Ainda, os historiadores seculares a tem apenas como um movimento revolucionário.
Em contra partida, historiadores protestantes a entendem como uma reforma que fez a vida religiosa voltar aos padrões genuínos do Novo Testamento. Ainda, os historiadores seculares a tem apenas como um movimento revolucionário.
Percebe-se que alguns fatores tornaram
inevitável a Reforma.
O fator político pode ser considerado uma
das causas para a eclosão da Reforma. Visto que o surgimento das nações-estados
com poder central e com governos fortes, se opuseram ao poderio universal do
papa sobre seu território.
O fator intelectual na Reforma favoreceu
o desenvolvimento do protestantismo. O espírito crítico da Renascença foi usado
pelos reformadores para justificar suas críticas. O estudo da Bíblia nas línguas
originais levou as pessoas a duvidarem da validade das pretensões da Igreja de
Roma e de seus lideres. A ênfase no homem levou ao ensino protestante de que a
salvação é uma relação íntima entre o homem e Deus, sem a intervenção de um
mediador humano.
O fator moral é outro que ajudou no
desencadear da Reforma. Os estudiosos perceberam as discrepâncias entre a
igreja do Novo Testamento e a Igreja católica Romana. Naquela época a justiça
era comprada e vendida nas cortes eclesiásticas. Clérigos egoístas compravam e
vendiam cargos livremente. O povo estava cansado dos constantes pedidos de
dinheiro feitos pela direção de uma instituição que não parecia retribuir com o
serviço às comunidades que se associavam à Igreja. Esse fracasso da igreja
contribuiu para a Reforma.
No campo das mudanças religiosas a autoridade da igreja foi substituída pela a
autoridade da Bíblia que qualquer indivíduo poderia ler livremente. O próprio
individuo seria seu sacerdote religioso na comunhão com Deus. A Reforma trouxe
a idéia de que a igreja universal deveria ser substituída por igrejas
nacionais. A sua filosofia deu lugar a teologia protestante. Os sacramentos e
as obras deram terrenos à justificação pela fé.
O sistema de indulgências na Alemanha foi
à causa direta da eclosão da Reforma nesse país. As indulgências era um
documento que se adquiria com dinheiro e que livrava aquele que a comprasse da
pena do pecado. A quantia solicitada dependia da riqueza e da posição do
pecador. O pobre recebia-a gratuitamente, mas o rei poderia pagar uma quantia
bastante alta. Portanto, esse foi o motivo das 95 teses de Lutero que resultou
na reforma na Alemanha que se espalhou pela restante da Europa.
Outro fator que contribuiu para a
ocorrência das Reformas foi o fato de que a Igreja condenava abertamente a
acumulação de capitais (embora ela mesma o fizesse). Logo, a burguesia num quadro
de crescimento do comércio necessitava de algo que fosse contrário aos dogmas
da Igreja, de condenação à usura e ao lucro excessivo, representando um forte
obstáculo para a burguesia. Assim, também essa nova camada ascendente vai ter
interesse em romper com os entraves impostos pelo catolicismo e adotar uma nova
religião (que a redimisse dos pecados da acumulação de dinheiro) para a qual
suas práticas fossem consideradas como dignificantes do homem.
CONCLUSÃO
Finalizando, o processo de reforma religiosa
teve seu início no século XVI. Como causas dessa reforma destacam-se os
abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do
pensamento renascentista.
Como conseqüência, o movimento reformista pôs fim ao poder centralizado da
Igreja Católica Romana, oferecendo novas opções religiosas.
O
povo cristão encontrava-se alienado, desesperado e
desorientado como qualquer cristão de seu tempo. Naquela época, fazia-se
necessário uma ruptura ideológica, uma nova maneira de pensar e agir, só
faltava um elemento causador e, Lutero veio atender esta carência. Assim, a
Reforma deve ser observada como um movimento em busca de respostas espirituais,
há muito negado por uma cristandade que não solucionava as angústias do povo,
nem na liturgia, nem na dogmática romana.
Agora, as igrejas protestantes nacionais
que surgiram tinham a Bíblia como autoridade final e rejeitavam o sistema
sacramental hierárquico da Igreja Romana. Mas, sobretudo, entendiam que não era
necessário um mediador entre Deus e o homem para se obter a salvação, haja
vista Cristo ter adquirido-a na cruz para todos.
FONTE:
Referência
Bibliográfica:
CAIRNS, Earle Edwin. O Cristianismo através dos
Séculos: Uma História da Igreja Cristã. 2ª Edição – São Paulo. Editora Vida
Nova.
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