O Evangelho de Mateus pode ser dividido em quatro seções
estruturalmente distintas:
1.
Contendo a genealogia, o nascimento e a infância de Jesus (1 e 2).
2.
Os discursos e
ações de João Batista preparatórias para o ministério
público de Cristo. (3 e 4:11)
3.
Os discursos (e
ações) de Cristo (4:12-26:1).
4.
O sofrimento, morte e ressurreição de Jesus, a Grande
Comissão. (26-28)
Na
teologia de Mateus o nome de Jesus está associado à salvação. O autor trabalha
com um esquema de promessa e cumprimento em que a vida de Jesus é vista como a
realização das profecias bíblicas acerca do Messias e da era vindoura de bênção
divina.
Mateus segue uma perspectiva mais voltada ao pensamento judeu. Alguns
detalhes da vida de Jesus, de sua infância, em particular, estão relacionados
somente em Mateus. Seu
evangelho é o único a mencionar a Igreja ou ecclesia. Mateus também enfatiza a
obediência e a preservação da lei bíblica.
O emprego de Reino dos Céus e não Reino de Deus, no Evangelho de Mateus,
certamente é devido à tendência no judaísmo, de evitar o uso direto do nome de
Deus. Porque o autor escreve seu justamente para os judeus. A expressão
"Reino dos Céus" aponta para a origem do Reino. Portanto em sua
interpretação direta da palavra nos induz a uma verdade que o Reino vem dos
Céus, querendo isto dizer que o Reino não é feito de políticas nem de relações
sociais terrenas. O Reino tornar-se-ia, portanto mais do que numa simples
monarquia, mas sim numa grande família de amor onde o Deus Pai viverá em ou junto
dos seus filhos e onde não irá existir mais súditos, governados nem classes
sociais distintas.
Talvez o reino dos céus reflita Daniel 2.44 que naquela passagem do Antigo Testamento
busca realçar a universalidade – assim como os céus se elevam acima de toda a
terra, assim também será o reino dos céus.
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