sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os Dons do Espírito Santo



Os dons espirituais são quaisquer talentos potencializados pelo o Espírito Santo e usados no ministério da igreja. Todos os dons espirituais devem ser distribuídos por um só e o mesmo Espírito, cujo objetivo principal visa o bem comum e, portanto, devem ser todos usados para a edificação da igreja. Eles são dados, a saber, os dons para a obra do ministério e constituem simplesmente ferramentas a serem usadas para esse fim.
O derramamento do Espírito Santo sobre a igreja na plenitude e no poder da nova aliança ocorreu no Pentecostes. O derramamento do Espírito com poder nesse dia teve por finalidade equipar a igreja visando à pregação do evangelho, algo que continuará até a volta de Cristo.
Portanto, isso aconteceu como cumprimento da palavra do profeta Joel que vaticinou que haveria uma ampla distribuição nos últimos tempos dos dons espirituais a todas as pessoas (filhos e filhas, jovens e velhos, servos e servas), todos receberam uma capacitação da nova aliança pelo Espírito Santo, e haveriam também a expectativa de que depois disso todos igualmente receberiam dons do Espírito Santo.
Deus dá a igreja uma variedade admirável de dons, e todos derivam de sua multiforme graça. A influência divina que é a operação soberana do Espírito distribui os dons como lhe apraz, a cada um individualmente. E cada um que recebe esse dom deve se lembrar de empregá-lo para servir uns aos outros, pois o Espírito nos concede os dons por amor que temos aos outros e pelo o desejo de edificar a igreja e ver Deus glorificado. Vale frisar que os dons sem o amor não  têm valor.
Os dons podem ser classificados como: dons de revelação (discernimento de espíritos, palavra de sabedoria e palavra de conhecimento), dons de poder (cura, milagres e fé) e dons de inspiração (línguas, interpretação e profecia).         


Os dons de revelação são:
·        A palavra de sabedoria é dada a um mediante o Espírito Santo. Esse dom significa a capacidade de falar uma palavra sábia em várias situações, sendo eficazes quando pronunciados. É primordial sua operação na igreja, pois revela resposta e palavra de direção sábia.     
·       A palavra de conhecimento é a capacidade de falar com conhecimento acerca de uma situação quando autorizados pelo Espírito Santo. Revelando o que Deus conhece concernente a algo que é ignorado pelos os homens. A palavra do conhecimento é importante por trazer uma manifestação de conhecimento específico de uma situação na vida de alguém presente na igreja. Sempre sendo eficazes quando pronunciados. Esse dom seria miraculoso pelo fato de produzir assombros nos presentes, já que não é baseados em informações normalmente  disponíveis  a pessoa que emprega o dom.  
·        Dom de discernimento de espíritos implica a capacidade especial de discernir a influência do Espírito Santo ou de espíritos demoníacos e entre seus vários tipos na vida de uma pessoa. Esse dom na igreja traz grandes benefícios, pois a influência de satanás é caracteristicamente destrutiva e a pessoa que é influenciada por um demônio exerce influência destrutiva sobre a igreja, assim como os que estão ao redor. Então,  a atividade demoníaca pode ser percebida observando eventos físicos e situações externas, em que os propósitos de satanás podem agora, com esse dom, ser visto com nitidez.    

Os dons de poder são:
·        Os dons de cura referem-se à manifestação do poder de Deus para curar as pessoas acometidas de doenças  tanto no campo físico, quanto no emocional. E pode às vezes incluir a capacidade de livrar pessoas de ataques demoníacos. O propósito da manifestação desse dom tem como sinal autenticar a mensagem do evangelho, trazer conforto e saúde aos doentes, capacitar as pessoas para o serviço no ministério e principalmente para que Deus seja glorificado à medida que as pessoas vêem provas materiais de seu amor e bondade. O importante é que Deus deve receber toda a glória, e com isso devem aumentar a nossa alegria e confiança nele.
·        O dom de milagres pode referir-se a qualquer tipo de atividade em que evidencie o grande poder de Deus. Portanto, incluem proteções miraculosas de ferimentos, poder para triunfar sobre a oposição demoníaca ou qualquer outro meio pelo o qual o poder de Deus se manifeste de maneira evidente para promover os propósitos divinos numa situação. O propósito principal seriam que esses atos de poder divino auxiliaria a igreja e a glória de Deus tornar-se-ia óbvia.   
·        O dom da fé é a manifestação do Espírito Santo para o exercício da convicção e segurança plena, suprindo necessidades em circunstâncias especiais e extenuantes. A fé dá a convicção de que as coisas prometidas no futuro são verdadeiras e que as coisas não contempladas com nossos olhos são reais. Portanto, as pessoas que têm esse dom na igreja não põem nenhum limite no que Deus pode fazer.      

Por fim, os dons de inspiração são:
·        Odom de línguas é exclusivo da nova aliança e consiste em oração ou louvor expresso em um idioma não compreendido pelo locutor. Indicando que falar em línguas é um discurso particular dirigido a Deus de maneira que a oração ou louvor brota do espírito da pessoa que está falando. Contudo, isso é um  tipo de atividade que ocorre na esfera espiritual, pelo o qual nosso espírito fala a Deus, mas a mente do locutor não compreende a oração.Na oração e na adoração o dom de línguas serve como um meio de comunhão direta com Deus. Assim, o propósito de nossa mente não compreender, mas isso funciona como razão para manter-nos humildes e ajudar a evitar o orgulho intelectual. Outro motivo é para lembrar-nos de que Deus é maior que nosso entendimento, e ele age de um modo que transcende nosso entendimento. 
·        O dom de interpretação de línguas está ligado à manifestação do Espírito Santo, levando um crente a interpretar o que alguém falou em línguas não compreendidas. Línguas com interpretação indica edificação para a igreja. Uma vez que a mensagem em línguas seja interpretada, todos podem compreender, tornando-se algo valioso para a igreja. Quando há interpretação os homens podem glorificar a Deus pelo o que Ele declarou e podem contribuir com o Reino na proclamação dos intentos divinos. Paulo alerta contra o uso de línguas sem interpretação na igreja, certamente ele o vê de modo positivo e o incentivo em particular. Pois o que fala em línguas a si mesmo se edifica. Contudo, Paulo instrui a orarem com o espírito, mas também orarem com a mente.  
·        O dom de profecia no Novo Testamento refere-se a algo que Deus traz de modo súbito a mente ou a algo que Deus pode trazer a consciência de alguém de tal maneira que a pessoa sente que aquilo vem de Deus. Portanto, na igreja primitiva esse dom é simplesmente para relatar algo que Deus lhes havia colocado no coração ou trazido a mente. Seria uma comunicação de Deus para os seres humanos. Então, a profecia ocorre quando uma revelação proveniente de Deus é relatada com palavras – meramente humanas – do profeta à igreja. O resultado da profecia serve como sinal da demonstração clara de que Deus está mesmo agindo no meio da congregação, e um sinal da bênção de Deus sobre ela. Além de que o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.
Finalizando, todos os dons do Espírito Santo dados aos crentes são para a obra do ministério e constituem ferramentas a serem usadas para esse fim.

 
Referências bibliográficas:  

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã, 2004. GRUDEM, Wayne, Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. São Paulo: Vida Nova, 1999.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Evangelho de Mateus


     O Evangelho de Mateus pode ser dividido em quatro seções estruturalmente distintas:

       1.      Contendo a genealogia, o nascimento e a infância de Jesus (1 e 2).
     2.      Os discursos e ações de João Batista preparatórias para o ministério público de Cristo. (3 e 4:11)
        3.      Os discursos (e ações) de Cristo (4:12-26:1).
        4.      O sofrimento, morte e ressurreição de Jesus, a Grande Comissão. (26-28)
     
      Na teologia de Mateus o nome de Jesus está associado à salvação. O autor trabalha com um esquema de promessa e cumprimento em que a vida de Jesus é vista como a realização das profecias bíblicas acerca do Messias e da era vindoura de bênção divina.  
     Mateus segue uma perspectiva mais voltada ao pensamento judeu. Alguns detalhes da vida de Jesus, de sua infância, em particular, estão relacionados somente em Mateus. Seu evangelho é o único a mencionar a Igreja ou ecclesia. Mateus também enfatiza a obediência e a preservação da lei bíblica.

     O emprego de Reino dos Céus e não Reino de Deus, no Evangelho de Mateus, certamente é devido à tendência no judaísmo, de evitar o uso direto do nome de Deus. Porque o autor escreve seu justamente para os judeus. A expressão "Reino dos Céus" aponta para a origem do Reino. Portanto em sua interpretação direta da palavra nos induz a uma verdade que o Reino vem dos Céus, querendo isto dizer que o Reino não é feito de políticas nem de relações sociais terrenas. O Reino tornar-se-ia, portanto mais do que numa simples monarquia, mas sim numa grande família de amor onde o Deus Pai viverá em ou junto dos seus filhos e onde não irá existir mais súditos, governados nem classes sociais distintas.

    Talvez o reino dos céus reflita Daniel 2.44 que naquela passagem do Antigo Testamento busca realçar a universalidade – assim como os céus se elevam acima de toda a terra, assim também será o reino dos céus.





Mateus o Primeiro Livro do Novo Testamento




         Tradicionalmente, o Evangelho de Mateus é entendido como o primeiro Evangelho escrito. Essa tradição foi transmitida por Papias. Ele afirma que Mateus escreveu as logia (termo grego que significa “declarações, oráculos”), que são coleções de provérbios creditadas a Jesus. 
         Da mesma forma, Mateus está em primeiro lugar no Novo Testamento porque, segundo Santo Agostinho, era esse o mais antigo (para ele, este evangelho teria sido escrito de 50 a 75). Também foi o primeiro dos evangelhos a ser lido publicamente nas comunidades cristãs (o que era sinal de sua aceitação como "literatura sagrada" entre os primeiros cristãos). 
          Em sua carta de Páscoa de 367 d.C., Atanásio, bispo de Alexandria escreveu a primeira lista com os 27 livros que viriam a formar o Novo Testamento canônico. Nessa ordem Mateus vem como o primeiro livro. O Sínodo de Hipona em 393 d.C. aprovou o Novo Testamento tal como conhecemos hoje.




Meios de Graça na Igreja




Meios de graça são quaisquer atividades na comunhão da igreja que Deus usa para distribuir mais graças aos cristãos. Todas as bênçãos que recebemos nesta vida são em última análise imerecidas, todas elas nos vêm pela Graça.
A igreja Católica Romana tradicionalmente acredita que a graça de Deus chega às pessoas por intermédio somente do ministério oficial da igreja, em particular por meio dos sacerdotes da igreja. Os meios de graça que denomina sacramentos são encarados como meios de salvação, que tornam as pessoas mais aptas a receber a justificação de Deus. Mas há uma diferença não somente na lista dada por católicos e protestantes, como também no significado. 
De acordo com o ponto de vista protestante os meios de graça são  simplesmente meios de os cristãos receberem mais bênçãos e nada acrescentam a nossa aptidão de receber a justificação divina. Outra diferença, os católicos pregam que esses meios dispensam graça independente da fé do ministro, enquanto os protestantes sustentam que Deus só dispensa a graça quando há fé da parte das pessoas que administram ou recebem esses meios.
  Em suma, o  ensino da palavra, o batismo, a ceia do Senhor, a oração uns pelos outros, a adoração, a disciplina da igreja, a oferta, os dons espirituais, a comunhão, a evangelização e o ministério individual. Esta lista inclui a maioria dos meios de graça a que os salvos têm acesso na comunhão da igreja. Portanto, o Espírito Santo lança mão de todos eles para conceder vários tipos de bênçãos aos cristãos.
Em uma análise breve dos meios de graça, o ensino e a pregação da palavra lhes dispensam a graça de Deus, pois é o instrumento que Deus usa para lhes conceder a vida espiritual e levá-las à salvação. A Palavra de Deus tem poder para edificar; convence o homem do pecado e o leva à justiça;  dá direção e orientação como lâmpada; as escrituras nos dão sabedoria e orientação como lâmpada que brilha em lugar tenebroso e dá também esperança aos desesperados.
Com relação ao batismo, o cristão cumpre uma ordenança de Jesus. Essa obediência é específica o ato público de confessar Jesus como Salvador, ato que por si mesmo traz alegria e bênção ao crente. É um sinal da morte e ressurreição do crente com Cristo. E há certamente um vínculo entre o batismo e o recebimento do dom do Espírito Santo. Quando há fé genuína por parte da pessoa batizada, e quando a fé da igreja que testemunha o batismo é estimulada pela cerimônia, então o Espírito Santo certamente age por meio do batismo, que se transforma assim num meio de graça pelo o qual o Espírito dispensa bênçãos à pessoa batizada e também a igreja.
A ceia do Senhor é uma ordenança que Jesus institui como dever da igreja. É também um meio de graça que o Espírito Santo usa para dispensar bênçãos aos que participam da ceia com fé e obediência às orientações dispostas nas escrituras. Existe uma união espiritual entre os salvos e o Senhor, que se fortalece e se solidifica na ceia do Senhor.
A oração coletiva na igreja reunida e a oração dos cristãos uns pelos outros são meios poderosos que o espírito usa para distribuir bênçãos aos salvos. Se a oração da igreja é genuína, expressa do coração e reflexo de fé autêntica, então é de esperar que o Espírito Santo opere grande graças por meio dela. Então, ela implica comunhão com o Espírito Santo.
A adoração genuína é a adoração em espírito, ou seja, adoração que se dá na esfera espiritual. Quando penetramos na esfera espiritual e ministramos ao Senhor em oração, Deus ministra a nós. Se a adoração é verdadeiramente uma aproximação de Deus, então devemos tê-la como um dos principais meios de graça disponíveis a igreja. Por meio desta, Deus dispensa maiores graças ao seu povo.
A disciplina da igreja é um autentico meio de graça pelo o qual se fomenta a pureza da igreja e se estimula a santidade de vida. É meio pelo os quais grandes bênçãos podem vir à igreja, reconciliando os crentes em si e com Deus, fazendo voltar a obediência do irmão que está em pecado, exortando todos a que temam, aumentando a pureza moral da igreja e protegendo e promovendo a glória de Cristo. 
A oferta é feita com fé, pela a devoção a Cristo e por amor ao seu povo, então certamente haverá grandes bênçãos nela. Quando a contribuição se faz com alegria, não com tristeza ou por necessidade, vem com ela a grande recompensa do favor de Deus. Paulo encara a doação de recursos financeiros como semeadura espiritual que trará colheita.
Os dons espirituais são todos eles meios pelos quais o Espírito Santo distribui bênçãos mediante cada cristão. Pedro considera os dons veículos pelos quais a graça de Deus vem à igreja. Quando os dons são usados em benefício uns dos outros na igreja, a graça de Deus é assim dispensada àqueles a quem Deus pretende concedê-la.   
Na comunhão dos crentes crescem a amizade e o afeto naturais uns pelos outros. Sendo assim, cumpre o conselho de Paulo: “Levai a carga uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo". Também seria agradável que os cristãos reconhecessem que se prova certa medida da graça de Deus quando os cristãos desfrutando da comunhão uns com os outros.
A evangelização pode ser realizada individual ou uma atividade coletiva da igreja que é um meio de graça não só porque ministra graça salvífica aos que não estão salvos, mas também porque quem evangeliza vivencia mais a presença e a bênção do Espírito Santo.
 O ministério individual é mais um meio específico que o Espírito Santo usa com bastante freqüência para distribuir bênçãos a cada cristão. Às vezes, esse ministério assume a forma de palavras de ânimo, exortação ou sábio conselho.
No tocante ao ato de lava-pés que está escrito em João13.14, há vários motivos para não considerar que Jesus estava estabelecendo outra cerimônia para a igreja além do batismo e da ceia do Senhor. O batismo e a ceia do Senhor eram claramente atos simbólicos, mas o ato de Jesus ter lavado os pés dos discípulos foi claramente prático, não simbólico, pois atendia uma necessidade humana normal daquele tempo que era tirar a sujeira dos pés. Portanto, ninguém deve pensar que Jesus nos esteja exortando a praticar o rito de lava-pés.     
Conclui-se, que cada cristão deva buscar avidamente com fé e obediência participar de todos os meios da graça de Deus, pois esses meios surgem na comunhão da igreja e o Espírito Santo usa para distribuir bênçãos ao seu povo.    
 
FONTE: 
Grudem, Wayne A. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva, São Paulo: Vida Nova, 1999. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Formas Literárias e Estrutura do Livro de Apocalipse



      O livro de Apocalipse quando olhado como um todo se consegue afirmar que não apresenta nenhuma estrutura discernível. O livro oferece números dubletes, por exemplo, as sete trombetas as sete taças. Não se pode demonstrar nenhuma seqüência cronológica das coisas vistas. 
          A respeito da forma literária do livro temos de distinguir dois fatos: primeiro a sua forma literária não pode ser atribuída unicamente às intenções estilísticas do autor, e segundo nem fontes conjugadas podem ser demonstradas de maneira convincente. Então, tais fatos nos leva à conclusão de que o autor usou vários tipos de material e de modo independente. 
     O apocalipse mostra hinos e cânticos de louvor com uma abundância de material poeticamente forjado, como também revele um conhecimento idiomático dos textos do Antigo  Testamento.         

Tradições do Livro de Hebreus



 

  As tradições referentes ao livro de Hebreus exprimem a crença de que foi escrita para cristãos judeus. Esse título é confirmado pela primeira vez em Panteno, depois por clemente e Tertuliano. Marcião não inclui a epístola no seu Cânon. Segundo a tradição de Alexandria o livro é considerado uma epístola de Paulo e nas igrejas gregas e sírias desde o século III é encarada como canônica e paulina. Orígenes acredita que um discípulo (Clemente de Roma e Lucas) escreveu as idéias do Apóstolo. Em Tertuliano encontramos uma tradição referente a Barnabé como o autor da epístola.


Teologias e Estrutura do Livro de Tiago



 


      As teologias o livro de Tiago ensina a justificação pelas obras, não prega Cristo, mas a lei que é uma fé generalizada em Deus. Portanto, na epístola não há menção alguma a vida, morte e ressurreição de Jesus; não aponta Jesus como exemplo, mas prefere os profetas do AT, Jô e Elias. 
     Há na epístola numerosos pontos de contato com as palavras e os dito de Jesus, por exemplo: procurar as boas dádivas; ouvintes e prática da palavra; não julgar e orar sem duvidar. O problema teológico existe desde que Lutero determinou que havia um conflito irreconciliável entre Tiago e Paulo que a interpretação da afirmação sobre a justificação pelas obras.
    A estrutura do livro não revela nenhuma seqüência ordenada de idéias. Representa um encadeamento de admoestações individuais de maior e menor amplitude, de grupos de frases ou de frases curtas que se sucedem mais ou menos ao acaso. Percebe-se no início dessa epístola (1.1) que é um escrito da autoria de um cristão chamado Tiago e dirigido as doze tribos da dispersão que poderia indicar judeus residentes fora da palestina como poderíamos supor cristãos judeus da dispersão.    

FONTE:

KUMMEL, Werner Georg. Síntese Teológica do Novo Testamento. Editora Paulus..



 

A Ordem da Salvação

                                    
A expressão ordem da salvação é atribuída ao teólogo luterano Jakob Karpov. Refere-se à ordem lógica na qual experimentamos o processo de passar de um estado pecaminoso para a plena salvação. Contrapondo-se a essa ideia, o catolicismo romano direciona essa ordem aos sacramentos, a saber, ao batismo, a eucaristia, a penitência e a extrema-unção. 
 O termo usado em latim é Ordo Salutis. Essa ordem é composta pela a eleição, o arrependimento e a fé, a regeneração, a justificação, a adoção e a perseverança. Vejamos: 

A Eleição – A Bíblia ensina uma escolha feita por Deus. Sempre a iniciativa é de Deus. Paulo deixa claro em Romanos ao declarar que Deus apenas escolhera os descendentes de Isaque para serem seus filhos. Portanto, a ênfase de Paulo é que ser filho de Deus depende da livre e soberana expressão de sua misericórdia, e não algo que sejamos ou façamos. O calvinismo entende que esse trecho afirma a doutrina de uma escolha arbitrária de Deus, que não leva em conta a responsabilidade e participação humana. Porém, em objeção a doutrina calvinista no mesmo trecho de Romanos surge evidências da participação e responsabilidade humanas. A presciência de Deus reflete o que Ele sabe, mas no tocante a salvação a Bíblia não dá o mínimo indício do que Deus sabia com antecedência. A palavra chamada subentende uma resposta, e, se correspondermos a ela, tornamo-nos eleitos de Deus. Quando Deus nos chama para si, visando a salvação, é sempre uma chamada da graça. E há somente uma resposta apropriada a tamanho amor: arrepender-nos e crer.         
O Arrependimento e a Fé – São os dois elementos essenciais na conversão. Envolvem uma virada contra – arrependimento – e uma virada para a fé. No A.T. a palavra arrependimento significa voltar. No N.T. emprega o termo epistrephõ no sentido de voltar para Deus. Também se utiliza a palavra metanoeõ para expressar uma ênfase á mente e à vontade. Embora o arrependimento envolva as emoções e o intelecto, é a vontade que está mais profundamente envolvida. Por outro lado, a fé abrange a confiança, para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência). Somos salvos pela a graça mediante a fé. Crer em Jesus leva à vida eterna. Então, o ato de crer não é de Deus, é do homem.      
A Regeneração – Deus realiza atos soberanos que nos introduzem na família do seu reino, regenera os mortos em seus pecados. A regeneração se define como a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual cria de novo a natureza interior. O N.T. apresenta a figura do ser criado de novo, da renovação e o nascer. A expressão nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. Sendo o início da experiência de Cristo e do Espírito em nosso caráter moral.  
A Justificação – É o ato de modificar a nossa situação diante de Deus. Leva a efeito uma mudança em nossa natureza. Cristo pagou a penalidade integral do pecado, agora somos postos diante de Deus como plenamente absolvidos. Tendo sido justificados pela graça, mediante a fé, experimentamos grandes benefícios: paz com Deus, preservados da ira de Deus e certeza da glorificação final. A justificação nos torna herdeiros da vida eterna.  
A Adoção – É a condução para um novo relacionamento, pois nos adota como família mediante a obra salvífica de Cristo. É o ato da graça de Deus o qual nos concede todos os direitos e obrigações da afiliação aqueles que aceitam a Cristo. Por enquanto, é uma realidade presente, mas será plenamente realizada na ressurreição dos mortos.
A Perseverança – Biblicamente refere-se à operação contínua do Espírito Santo, mediante a qual a obra que Deus começou em nosso coração será levada a bom termo. Não significa que todo aquele que professa a fé em Cristo e se torna de uma comunidade de crentes tem a segurança eterna. A certeza da salvação é dada a todos os crentes verdadeiros mediante o Espírito santo, estamos em Cristo, nossa redenção e justiça. Esta verdade se aplica aos calvinistas e também aos wesleyanos-arminianos.       

FONTE:
Horton Stanley M. Teologia Sistemática – Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de janeiro. CPAD, 1996 

A Obra Salvífica de Cristo






A obra salvífica de Cristo é a temática central do qual gira toda a atividade de Deus na revelação. Lendo a mensagem do A.T., conclui-se que a salvação é um dos temas dominantes, e Deus o protagonista. Ela consiste tanto na salvação natural quanto na salvação espiritual.Deus providenciou a salvação por meio de Jesus cristo. O próprio Jesus proclama no N.T. quando diz: “O filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10).    

O significado da Salvação

Começando pelo Antigo Testamento descobrimos a natureza redentora de Deus. Da mesma forma descobrisse tipos e predições daquEle que estava para vir e do que Ele estava para fazer.
Os termos usados no A.T. que fazem referência a salvação: natsal e yasha’. O primeiro significa livrar ou libertar. Esse verbo indica uma salvação física, pessoal ou nacional. Ainda numa conotação espiritual a salvação mediante o perdão dos pecados. O segundo verbo significa salvar, livrar, conceder vitoria ou ajudar. Por isso Yahweh é Salvador. Portanto, Deus escolhia representantes para trazer a salvação.
No Novo Testamento temos a palavra sõzõ que pode se referir a salvar a pessoa da morte, da enfermidade, da possessão demoníaca. O substantivo sõtêria (salvação) se refere exclusivamente à salvação espiritual. Ainda temos o nome Josué: Iêsous – Jesus, palavra empregada para a obra salvífica de Cristo.

As Naturezas de Deus e da Humanidade

A Bíblia revela um Deus que salva e que redime. Portanto, o drama da redenção tem como pano de fundo o caráter de Deus e a natureza da criação humana. As Escrituras deixam claro que toda a humanidade precisa de um Salvador. Desde o primeiro casal, Adão e Eva, até a última tentativa de desfazer os propósitos de Deus a raça humana está em uma longa cantilena de atitudes degradadas e pecados deliberados. Então com esse quadro a humanidade necessita de um Salvador.

A Santidade e o Amor de Deus - A cruz de Cristo foi o caminho escolhido para aproximar o homem de Deus. Apesar de toda a humanidade ser ímpia e Deus puramente Santo como é visto no A.T. A cruz só fará sentido diante de um Deus reto e justo que exige julgamento.
O ensino do N.T. consiste em que Jesus Cristo morreu para ligar o abismo entre o Deus e a raça pecaminosa que não podia salvar a si mesma. Paulo diz que na cruz Deus procurou demonstrar sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus. Então, a Bíblia revela que a natureza de Deus é boa na sua própria essência.

A Bondade, Graça e Misericórdia de Deus - O A.T. afirma que Deus é bom e que somente faz coisas boas. Na atividade redentora de Deus é expressa a sua bondade.  A bondade d'Ele levou a adiar seu julgamento e salvar a humanidade. Afirmações como feitas na Bíblia como paciência, longanimidade e tolerância é expressa no A.T. com as palavras “tardio em irar-se”. A bondade de Deus o levou a salvar a humanidade perdida.
A natureza salvífica de Deus descreve sua misericórdia. A misericórdia requer ação. Quem a recebe não tem méritos para exigi-la. A inspirada profecia de Zacarias revela de modo especial a conexão entre a misericórdia e salvação. Outra maneira de Deus demonstrar sua bondade é na graça salvífica.

O Amor de Deus - O desejo de Deus nos salvar é o seu amor. Deus ama com amor eterno. A redenção tem a sua origem no amor e na vontade de Deus. O N.T. emprega os termos agapaõ e ágape para referir-se ao amor salvífico de Deus. O N.T. dá o testemunho do fato de que o amor de Deus impeliu-o a salvar a humanidade pedida. Por isso, esses quatro atributos (paciência, misericórdia,, graça e amor) demonstram a sua bondade ao prover a nossa redenção.


                                 Teorias da Expiação

Teoria da Influência Moral - Ressalta o amor de Deus, e rejeita qualquer idéia de haver em Deu uma exigência pela liquidação da dívida do pecado. Deus não exigiu pagamento pelo o pecado, mas com amor perdoou graciosamente. Tem como autor o Pedro Abelardo. Essa teoria não ver na cruz nenhum propósito ou efeito expiador ou até mesmo de propiciação.                           
Teoria do Resgate – Enfatiza a vitoria de Cristo sobre satanás. Por causa do nosso pecado estamos sob o domínio de satanás, mas Deus, por nos amar, ofereceu seu filho ao Diabo como preço do regaste para nos libertar. Significa que Deus é mais forte e sábio que o Diabo.
Teoria da Satisfação – Diz que as pessoas ao pecarem ultrajaram a honra de Deus. Então, a ofensa contra um soberano não pode passar sem castigo, exige uma satisfação. Todavia, apenas um Deus-homem poderia dar uma satisfação pela ofensa contra a honra de Deus e pagar o preço infinito do perdão. Focaliza naquilo que Deus exige na expiação. Essa teoria foi proposta por Anselmo. 
Teoria Governamental – Considera Deus um legislador que tanto promulga quanto sustenta as leis do Universo. A justiça rigorosa de Deus exige a morte eterna dos pecadores. O enfoque não é a salvação dos pecadores, mas a guarda da lei. Na cruz, Deus mostrou que pode abominar a ilegalidade e, ao mesmo tempo, manter a lei e perdoar os iníquos. Não considera a depravação total da raça humana. Sua origem vem de Hugo Grotius. 
Teoria da Substituição Penal – Afirma a idéia da substituição penal para explicar o significado da morte de Cristo. Portanto, Ele sofreu, não meramente para nosso beneficio, mas em nosso lugar. Em Jesus, Deus assumiu a culpa e suportou a penalidade. Fala da nossa depravação total e a conseqüente incapacidade de nos salvarmos. Aceita literalmente as declarações que Cristo tomou o nosso lugar.

                             Aspectos da Obra Salvífica de Cristo        
                                               
O Sacrifício – No A.T. quando a pessoa colocava a mão no sacrifício, significa muito mais que identificação, era um substituto sacrificial. Os termos propiciação e expiação relacionam-se com o conceito de sacrifício e procuram informar o efeito do sacrifício de Cristo. No N.T. as comparações são claramente transferidas a Cristo. Por exemplo, João, o batista, o apresenta como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Paulo na carta aos Coríntios se refere a Cristo como nossa páscoa.                         
A Reconciliação – O N.T. ensina que a obra salvífica de Cristo é trabalho de reconciliação. Paulo assevera que a obra de Cristo nos salvará da ira de Deus e que quando ainda éramos inimigos a sua morte nos reconciliou com Deus. Logo, o fato de Ele está vivo garante a nossa salvação.
A Redenção – O A.T. refere-se ao rito da redenção no tocante as pessoas ou aos bens. O parente redentor funciona como um go’el. Então, o próprio Deus é o redentor do seu povo. A redenção diz respeito aos assuntos morais. Essa palavra subtende o livramento de um estado de escravidão mediante o pagamento de um preço. No N.T. Jesus é tanto o resgatador quanto o resgate. Cristo nos livrou do justo juízo de Deus que realmente merecíamos por causa de nossos pecados. O propósito de sermos redimidos é Cristo purificar para si um povo seu especial.

O Alcance da Obra Salvífica de Cristo

É sabido que há uma diferença significativa entre os cristãos com relação à extensão da obra salvífica de Cristo. O ponto de discórdia está em tornar a salvação possível a todos ou somente para os eleitos.
Por quem Cristo morreu? A diferença acha-se na escolha entre a expiação limitada (Cristo morreu somente pelas as pessoas soberanamente eleitas por Deus), e o universalismo qualificado (Cristo morreu por todos, mas sua obra salvífica é levada a efeito naqueles que se arrependem e crêem).
Segundo a opinião dos da expiação limitado em que olham para os textos que dizem que Cristo morreu pelas ovelhas, pela igreja. Enquanto, os defensores do universalismo qualificados argumentam que somente este dá sentido à oferta sincera do evangelho a todas as pessoas.           
Os evangélicos rejeitam o universalismo absoluto, que diz que o amor divino não permitirá que os humanos, como também o Diabo e os anjos caídos fiquem afastados d'Ele.
Por fim, a expiação ilimitada no sentido de estar à disposição de todos; é limitada no sentido de ser eficaz somente para aqueles que crêem. Está à disposição de todos, mas é eficiente apenas para os eleitos.

 Conclusão

Finalizando, foi apresentado a importância da obra salvífica de Cristo para toda a humanidade perdida. Por causa da nossa depravação total todas as pessoas precisam de um salvador e que elas não podem salvar a si mesmas.  
O Antigo Testamento indica o tempo em que Deus traria a salvação a todos, não somente a Israel, mediante o servo sofredor. Portanto, no Novo Testamento Cristo veio para restaurar o homem para a vida, mediante o perdão dos pecados. Não há salvação à parte do Senhor. Isso apenas for possível graças ao caminho trilhado por Jesus Cristo, isto é, a cruz. A cruz de Cristo demonstra a natureza de Deus que é boa e sua própria essência que abrange todas as pessoas. 
                                                                                              
 
 FONTE:

Horton Stanley M. Teologia Sistemática – Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de janeiro. CPAD, 1996



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terça-feira, 26 de novembro de 2013

A Ordem de Deus

 

                                                                                                                   
1. A ORDEM DE DEUS PARA O HOMEM
Quando Deus cria o homem Ele deu ao homem um ministério útil. Tal função diz respeito a frutificar, crescer e governar sobre a  terra.

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Gênesis 1:27-28
 "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra" (Gn 1.27-28).


E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Gênesis 1:27-28
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Gênesis 1:27-28
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Gênesis 1:27-28
1.1.  Frutificar
Ao criar o homem a primeira ordem que Deus estabelece é que ele frutifique. Por sua vez, Jesus escolheu a Igreja para produzir frutos, e o fruto deve permanecer (Jo 15.16).

1.1.1. O cristão como uma árvore
Na Bíblia, crescimento e maturidade são sempre relacionados a árvore. Abaixo veremos alguns tipos de árvores que simbolizam sob diferentes aspectos a vida espiritual do crente:
·        Palmeira (Sl 92.12), espalha suas raízes no solo profundo a fim de extrair a seiva. E frutificar com abundância.
·      Cedro do Líbano (Sl 92.12), considerado como símbolo da força e imortalidade. Tem raiz profunda.
·     Oliveira (Sl 52.8), produz um fruto de valor inestimável (azeitona).
·        Videira (Sl 128.3), tem vários ramos, e em cada ramo tem vários frutos denominados como uva. As uvas eram consideradas alimento de subsistência na Palestina.     

1.1.2. Demonstrar maturidade através dos frutos
Permanecer em Cristo é vital para produzir frutos (Jo 15.4-5). Então, o propósito do ramo é produzir frutos, a fim de refletir o caráter de Cristo (Gl 5.22). E por certo os frutos revelam o caráter do crente (Mt 7.16-20). Através de uma vida frutífera glorificamos o nome de Deus.

1.2. Crescer
A segunda ordem de Deus para o homem é crescer. Esta ordem está expressa nos termos “multiplicai-vos e enchei” (Gn 1.28). Mediante isto, Deus manda a Igreja crescer espiritualmente (Cl 1.9-10; 2 Pd 3.18). Uma Igreja produtiva é composta de cristãos que crescem.
Personagens bíblicos e grupos de pessoas que cumpriram a ordem divina de crescer:
  • O povo de Israel no Egito (At 7.17)
  • Samuel (1 Sm 2.21,26; 3.19)
  • Davi (2 Sm 5.10)
  • Jesus (Lc 2.52)
  • João (Lc 1.80)
  • Igreja (At 2.47; 6.1; 19.20)

1.3. Governar
Deus ao formar o universo compartilhou com o homem o direito de governar. Deus fez o homem a Sua imagem e semelhança para que tivesse a responsabilidade de dominar toda a criação (Gn 1.26). E Deus como fonte de toda autoridade concedeu também a Igreja autoridade para governar.


2. CONHECENDO A ORDEM DE DEUS
A ordem de Deus para a Igreja está explícita no texto de 2 Pedro 3.18. Sendo assim, a Igreja deve crescer na graça, no conhecimento de Jesus Cristo (2 Pd 3.18), e crescer em tudo para atingir a altura espiritual de Cristo (Ef 4.15). A prática está diretamente associada ao conhecimento. Então, conhecendo irrestritamente a ordem de Deus lhe obedecemos, e desenvolveremos a maturidade cristã.

2.1. Crescer na graça
A graça que se manifestou a todos os homens para salvá-los, através de Jesus (Tt 2.11). Nós devemos crescer na graça de uma forma ilimitada, porque Deus é o Deus de toda a graça (1 Pe 5.10), e através de Jesus recebemos as riquezas da Sua Graça (Ef 2.7).

2.2. Crescer no conhecimento
A Igreja deve crescer no pleno conhecimento de Deus (Os 6.3). Da mesma forma, crescer no conhecimento real e experimental de Cristo, pois isto é um dos segredos para desfrutar a vida eterna (Jo 17.1-2). Conhecer é amar. O temor a Deus é a chave que conduz a esse conhecimento e, logo a esse crescimento (Pv 1.7).

2.3. Manter Equilíbrio
Com um permanente equilíbrio entre os pólos graça e conhecimento, haverá um crescimento espiritual saudável.

2.4. Crescer em tudo
Crescer em tudo significa crescer em todas as direções: para baixo (Jr 17.7; Cl 2.7); para cima (Sl 92.12; Ef 2.6); para os lados (Is 54.2). Também inclui um real crescimento das atividades na obra de Deus. 

                
3. OBEDECENDO A ORDEM DE DEUS
A obediência a Deus é a responsabilidade mais importante na vida de um cristão. E Deus exige obediência completa. A igreja tem que obedecer aos mandamentos claros da Palavra, fazendo as devidas aplicações práticas, pois a prática leva a perfeição (1 Ts 4.1). 

3.1. A cooperação do homem no processo do crescimento espiritual
A única participação do crente consiste em abnegar sua própria vontade, prazeres e desejos e sujeitar-se a Cristo. Cada crente individualmente deve cooperar com o Espírito Santo, submetendo-se á sua liderança. Quando nos submetermos a Deus e a sua palavra e nos colocamos totalmente sob seu domínio, certamente nos tornamos mais motivados, instruídos e fortalecidos em direção ao objetivo da maturidade Espiritual.  


4. A IMPORTÂNCIA DE OBEDECER A ORDEM DE DEUS
O crescimento é importante nos três mundos: o vegetal, o animal e o espiritual. De todos, o espiritual é o mais importante. Assim, devido a nossa obediência somos transformados de glória em glória (2 Co 3.18), e principalmente nos aproximamos da estatura de Cristo (Ef 4.13).
Outro fator importante está relacionado ao fato de deixarmos de ser carnais e passamos a ser espirituais (1 Co 3.1-3) e, assim compreendemos as coisas de Deus (1 Co 2.14).
                   


FONTE: 

Bíblia de Estudo Pentecostal (Antigo e Novo Testamentos) – Revista e Corrigida –Edição de 1995. CPAD, Rio de janeiro.
CHAPLIM, R. N., Ph.D, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Vol. 4. Editora Hagnos, São Paulo, 2011.
CHAPLIM, R. N., Ph.D, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Vol. 5. Editora Hagnos, São Paulo, 2011.
GOMES, Geziel. Onde Encontrar na Bíblia? Chave Bíblica, Roteiros de Sermões e Curiosidades Bíblicas. Editora Central Gospel. Rio de Janeiro, 2008.
SOARES, Adilson farias: Você está convidado a crescer. Disponível em: <http://estudos.gospelprime.com.br/voce-esta-convidado-a-crescer/>. Acesso em: 28 Set 2013.